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Qual a Manga Mais Doce do Brasil? Ranking Doçura

Alexandre de Almeida Albuquerque
Alexandre de Almeida Albuquerque
5 min. de leitura

O Brasil é um dos maiores produtores de frutas do mundo e a manga ocupa um lugar de destaque na mesa dos brasileiros. Identificar a variedade mais doce não é apenas uma questão de gosto pessoal.

Existe ciência por trás do sabor. A busca pela manga perfeita envolve entender a concentração de açúcar, a textura da polpa e o equilíbrio da acidez. Este guia elimina as suposições e vai direto aos dados técnicos e sensoriais para definir qual variedade entrega a maior satisfação ao paladar.

O Que Define a Doçura? Entendendo o Grau Brix

A doçura de uma fruta não é subjetiva quando analisamos sob a ótica da indústria alimentícia. Utilizamos uma escala chamada Grau Brix. Esta medida quantifica a porcentagem de sólidos solúveis totais em uma solução aquosa.

Em termos simples, quanto maior o número Brix, maior a concentração de açúcares naturais, como sacarose e frutose, presentes na polpa da fruta. Uma manga com baixo Brix terá um sabor aguado e insosso, enquanto uma com alto Brix oferecerá aquela experiência de néctar concentrado que buscamos.

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A maturação é o fator crítico que altera esse índice. Uma manga colhida verde jamais atingirá seu potencial máximo de doçura, mesmo que amadureça na fruteira. O processo de conversão de amido em açúcar ocorre com mais eficiência quando a fruta permanece ligada à árvore pelo tempo certo.

Fatores como a região de cultivo, a quantidade de sol recebida e a irrigação controlada também influenciam diretamente o resultado final. Mangas do Vale do São Francisco, por exemplo, tendem a ter um Brix elevado devido ao clima semiárido controlado e alta incidência solar.

Análise: As Variedades de Manga Mais Consumidas

A manga **Tommy Atkins** domina as prateleiras dos supermercados, mas não se deixe enganar pela sua aparência. Ela é cultivada massivamente devido à sua resistência ao transporte e durabilidade pós-colheita, não pelo sabor.

Seu teor de fibras é alto, o que atrapalha a experiência de consumo, e seu Grau Brix raramente ultrapassa 14. É uma escolha funcional para saladas ou pratos decorativos, mas deixa a desejar para quem busca doçura intensa e polpa macia.

Em contraste, a **Manga Rosa** carrega a tradição do Nordeste brasileiro. Seu aroma é inconfundível e superior à maioria das outras variedades. No entanto, sua doçura é complexa. Ela apresenta um teor de açúcar considerável, mas equilibrado com uma acidez presente e notas florais.

A polpa contém fibras, embora menos agressivas que a Tommy. É a variedade ideal para quem aprecia um sabor rústico e perfumado, mas não necessariamente o pico máximo de açúcar concentrado.

A **Manga Espada** é a variedade mais popular em quintais brasileiros. Sua disponibilidade é alta e o preço costuma ser acessível. O perfil de sabor é intenso, mas a experiência é prejudicada pela quantidade excessiva de fibras, que tornam o consumo in natura trabalhoso.

Seu Grau Brix é médio, oscilando entre 13 e 16. Ela funciona melhor quando processada em sucos, onde as fibras são descartadas na peneira, aproveitando-se apenas o néctar.

Manga Ubá vs Palmer: Qual a Campeã de Sabor?

A disputa pelo título de manga mais doce do Brasil fica polarizada entre a **Ubá** e a **Palmer**, mas elas atendem a propósitos diferentes. A manga Ubá, originária de Minas Gerais, é cientificamente a campeã de doçura.

Estudos indicam que ela pode alcançar entre 18 a 22 graus Brix quando colhida no ponto exato. Sua aparência não é das mais atrativas. É pequena, amarela e manchada. Contudo, seu interior é ouro líquido.

A concentração de açúcar é tão alta que ela é a principal escolha da indústria para sucos e doces, pois dispensa adição de açúcar refinado.

A manga Palmer, por sua vez, vence na categoria de experiência de consumo in natura. Embora seu Grau Brix fique ligeiramente abaixo da Ubá (geralmente entre 15 e 19), sua textura é imbatível.

Trata-se de uma polpa sem fibra, firme e extremamente cremosa. Você consegue comer de colher ou fatiar sem que fiapos fiquem nos dentes. Para o consumidor final que deseja uma sobremesa pronta para comer, a Palmer oferece o melhor equilíbrio entre facilidade de consumo e doçura elevada.

  • Manga Ubá: Maior Grau Brix (mais doce), ideal para sucos, possui fibras, tamanho pequeno.
  • Manga Palmer: Doçura alta, zero fibras (textura manteiga), ideal para comer pedaços, tamanho grande.

Como Escolher a Manga Perfeita pela Cor e Cheiro

Ignorar a cor vermelha é o primeiro passo para escolher uma manga doce. Variedades como a Tommy ficam vermelhas mesmo quando verdes e ácidas. Foque na cor de fundo. Em mangas como a Palmer ou a própria Tommy, o fundo verde deve dar lugar a tons amarelados ou alaranjados.

Na manga Ubá, a casca deve estar totalmente amarela, podendo apresentar manchas pretas pequenas, que indicam o pico de maturação e concentração máxima de açúcares.

O olfato é sua ferramenta mais precisa. Uma manga com alto teor de frutose exala um aroma adocicado forte na região do pedúnculo (onde ficava o talo). Se você precisa encostar o nariz para sentir algum cheiro, ela provavelmente foi colhida antes da hora ou está verde.

O toque também revela muito. A fruta deve ceder levemente à pressão dos dedos. Se estiver dura como pedra, a polpa estará ácida. Se estiver mole demais, a fermentação já iniciou e o sabor estará passado.

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