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Qual a Melhor Grama Sintética para Campo Society?

Alexandre de Almeida Albuquerque
Alexandre de Almeida Albuquerque
5 min. de leitura

Escolher o revestimento correto para um campo de futebol society define o sucesso financeiro do seu empreendimento e a satisfação dos jogadores. O mercado oferece diversas especificações técnicas que confundem compradores inexperientes.

Uma escolha errada resulta em troca precoce do gramado, lesões em atletas e reclamações sobre a qualidade do jogo. Este guia técnico elimina a subjetividade e foca nos critérios de engenharia e desempenho que separam um gramado profissional de um tapete decorativo de baixa durabilidade.

Você entenderá exatamente o que observar nas fichas técnicas para garantir o melhor retorno sobre o investimento.

Monofilamento ou Fibrilada: Qual a Melhor Opção?

A estrutura do fio é a primeira decisão crítica na compra da grama sintética. Existem duas tecnologias predominantes no mercado: a fibrilada e o monofilamento. A grama fibrilada possui uma estrutura em forma de rede ou favo de mel.

Durante a fabricação, a lâmina larga é cortada longitudinalmente. Com o uso e o atrito das chuteiras, essas fibras se abrem e entrelaçam. Essa característica ajuda a reter a borracha granulada (SBR) no lugar.

Isso estabiliza o sistema de amortecimento. No entanto, a estética é menos natural e a fibra tende a 'deitar' ou compactar mais rapidamente, resultando em um jogo mais rápido e menos confortável ao longo do tempo.

Nossas análises e classificações são completamente independentes de patrocínios de marcas e colocações pagas. Se você realizar uma compra por meio dos nossos links, poderemos receber uma comissão. Diretrizes de Conteúdo

O monofilamento representa a tecnologia mais moderna e preferida para campos de alto rendimento. Cada tufo é composto por fios individuais e independentes, imitando com precisão a grama natural.

A grande vantagem técnica aqui é a resiliência. Fios de monofilamento de qualidade possuem uma 'espinha' ou nervura central. Esse reforço estrutural permite que a fibra volte à posição vertical após ser pisada.

O resultado é um visual superior e um rolar de bola mais consistente. Para locação de quadras onde a experiência do cliente dita o preço da hora, o monofilamento é a escolha superior pela durabilidade estética e funcional.

A Importância da Densidade e DTEX na Durabilidade

Muitos compradores focam apenas na altura da grama e ignoram o DTEX, o que é um erro fatal. DTEX (Decitex) é a unidade de medida que indica o peso em gramas de 10.000 metros lineares do fio.

Em termos práticos, ele define a robustez e a espessura da fibra. Um DTEX baixo (abaixo de 8.000) significa um fio fino e frágil, propenso a quebrar ou desfiar sob uso intenso de chuteiras society.

Para campos comerciais com alta rotatividade, você deve buscar especificações de DTEX acima de 11.000 ou 12.000. Um fio mais grosso resiste melhor à abrasão e aos raios UV.

A densidade refere-se à quantidade de pontos (tufos) por metro quadrado. Um campo com baixa densidade apresentará falhas visíveis e espaços vazios onde a borracha fica exposta. Isso afeta a tração do jogador e acelera o deslocamento do preenchimento.

Uma densidade alta garante que as travas da chuteira encontrem resistência e suporte adequados. O equilíbrio ideal para durabilidade é a combinação de um DTEX alto com uma densidade média a alta.

Isso cria uma superfície compacta, resistente ao desgaste mecânico e visualmente atraente.

Altura da Grama: 40mm, 50mm ou 60mm?

A altura da fibra determina a quantidade de preenchimento necessária e a dinâmica do jogo. A grama de 40mm é frequentemente vista como uma opção de entrada ou econômica. Ela exige menos borracha e areia, o que reduz o custo final da instalação.

Contudo, a camada de amortecimento fica mais fina. Isso torna o campo mais duro e rápido, aumentando o impacto nas articulações dos jogadores. É uma opção viável apenas para projetos com orçamento muito restrito ou para uso infantil recreativo.

A altura de 50mm é o padrão ouro para campos de society no Brasil (fut 7). Ela oferece o equilíbrio perfeito entre custo, conforto e performance. Com 50mm, há espaço suficiente para uma camada generosa de areia (para lastro) e borracha (para amortecimento), deixando ainda uma ponta de fibra livre para contato com a bola e a chuteira.

Já a grama de 60mm aproxima-se dos padrões FIFA para futebol de campo (11 contra 11). Ela proporciona o máximo conforto e absorção de impacto, mas exige maior quantidade de insumos de preenchimento e manutenção mais frequente, pois a fibra mais longa gera maior resistência ao rolar da bola se não for bem cuidada.

Manutenção e Tipos de Amortecimento (SBR)

O sistema de grama sintética não funciona sem o preenchimento (infill). O mais comum é o SBR (borracha reciclada de pneus), conhecido pela cor preta. Ele é responsável por cerca de 70% do amortecimento do sistema.

A quantidade correta de borracha é vital. A falta dela faz as fibras dobrarem excessivamente e quebrarem na base, além de aumentar o risco de lesões. Existem opções mais modernas como o TPE ou encapsulados, que aquecem menos sob o sol, resolvendo uma das principais queixas sobre o SBR preto em campos abertos.

A manutenção preventiva é obrigatória para manter a garantia e a jogabilidade. O procedimento principal é a escovação periódica. O uso do campo desloca a borracha para as laterais e compacta o piso.

Escovar redistribui esse material e levanta as fibras. Sem isso, o campo torna-se duro e escorregadio. Outro ponto crucial é a descompactação, que deve ser feita com máquinas específicas periodicamente para soltar a borracha pisada.

A negligência na reposição de borracha e na escovação reduz a vida útil do gramado pela metade.

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